Tabu em debate

08-11-2011 22:31

 

Bruno Frade e Bruno Menezes, do Curso de Jornalismo
Bruna Cris (Foto)

O debate  “Quebrando o Tabu: Jornalismo + Maconha”, parte da programação do UNI+ Comunicação, trouxe a polêmica da liberação da maconha e mostrou os diversos pontos passiveis de discussão do tema.

 Os convidados foram  Bruno Torturra, que é diretor de redação da revista Trip, Alvaro Fraga, sub-diretor de redação do Jornal Estado de Minas, a médica Livia Pires Guimarães e a editora da revista Ragga, Sabrina Abreu.

Para  Bruno Torturra, apesar de  muitos jornalistas  serem a favor da liberação da maconha, não participam de movimentos a favor nem  propõem pautas esclarecedoras sobre o assunto. “Só o fato de você opinar sobre a maconha, já seria um grande avanço. Hoje vivemos em uma época com um estranho tabu, que ainda não conseguimos responder porque  ele ainda existe”, afirma Torturra.  A revista Trip dedicou uma edição à defesa da liberação, trazendo na capa o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, um dos protagonistas  do documentário Quebrando o Tabu, de Fernando Groinstein Andrade. Discutir o assunto é, segundo Torturra, o caminho mais acertado.

Já  Alvaro Fraga acredita que a discussão  envolvendo as drogas na imprensa precisa passar por duas vertentes: a primeira,  ligada a liberdade de expressão e a segunda,  relacionada à violência.  “As discussões sobre o tema estão ultrapassadas, é preciso que o profissional do jornalismo saiba trabalhar com um olhar humanista.  Quando se fala de drogas, de uma maneira geral, há um impacto na violência e destruição, principalmente das camadas pobres”, enfatiza o sub-diretor. 

A médica  Lívia Pires Guimarães acredita que o debate foi enriquecedor, um grande desafio, já que dialogou com um público diferente da área médica e segurança pública.  A profissional da saúde ressalta que ,ao discutir sobre a maconha, é preciso pensar no indivíduo que usa drogas.  “Quando a mídia trata do assunto, não  faz diferenciação  do usuário, do traficante e do dependente químico”.

- Assista a um trecho da fala de Bruno Torturra
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